Saiba tudo sobre o ciclo do pelo e como ele interfere na depilação

Muitas pessoas optam por se depilar das mais diversas formas. Mas, para acertar na escolha desse tipo de depilação, é interessante conhecer um pouco mais sobre o ciclo do pelo. Afinal de contas, o crescimento do fio interfere diretamente no processo depilatório, nos seus resultados e na sua duração.

O ciclo do pelo é constituído de 3 fases e isso quer dizer que, ao contrário do que muitos pensam, os nossos pelos não têm um crescimento contínuo.

Se assim fosse, os pelos do corpo cresceriam infinitamente durante a vida. Dentro das fases, há a alternância entre os períodos de crescimento e repouso e elas também dependem de outros fatores como idade, se homem ou mulher, metabolismo, fatores genéticos, entre outros. Cada pessoa tem o seu próprio ciclo, mas os pelos sempre apresentam as mesmas fases. É sobre isso que falaremos agora.

As partes do pelo

O pelo é constituído por partes, assim como os nossos cabelos. São, basicamente, 3 partes das quais falaremos abaixo.

Região inferior do folículo

Nessa região, encontraremos a papila, uma área de proteção dérmica rica em tecido nervoso e também sistema sanguíneo. Logo acima, podemos identificar uma área chamada matriz e é nela que as células começam a se multiplicar para dar origem a um novo pelo.

Raiz

É a parte que fica dentro da pele e é formada por células vivas. Nela, encontramos duas partes: a terminal, mais dilatada, e o bulbo, uma região mais desenvolvida da raiz, que fica bem no centro do folículo e é onde a papila dermal começa a se formar.

Haste ou talo

É parte externa do pelo, ou seja, a que vemos na superfície do nosso corpo e é constituída de células mortas queratinizadas. Essa queratina é formada por 3 camadas: epidérmica ou cutícula de cor transparente, que se organiza como a escama de um peixe; o córtex com células mortas de formato alongado; e a medula, região na qual as colorações penetram facilmente.

O ciclo do pelo e suas fases

Fase 1: crescimento

Também chamada de fase anágena, a fase de crescimento, como o próprio nome já diz, se refere à fase na qual o pelo está em desenvolvimento e construção. Ele está conectado ao folículo piloso — uma estrutura que fica no tecido epitelial — e que tem como principal função a nutrição do pelo. O ser humano tem cerca de 5 milhões de folículos pilosos espalhados pelo corpo.

Esta fase dura cerca de 2 a 5 anos e aproximadamente 85% dos nossos pelos estão nela. É a mais indicada para a realização dos procedimentos de depilação a laser ou com luz pulsada intensa.

Fase 2: repouso

Também chamada de fase catágena, a fase de repouso do pelo quer dizer que o crescimento terminou, o pelo já está queratinizado e a sua atividade metabólica passa a ser menor. Poderia ser um bom momento para a depilação com cera, por exemplo, porém, apenas cerca de 10% dos pelos estão nela.

Fase 3: desprendimento

A fase de desprendimento ou fase telógena, tem como característica principal o desprendimento do pelo. Nessa fase, um novo pelo já começa a ser formado no folículo piloso que, enquanto cresce, começa a empurrar o pelo antigo para fora, fazendo com que ele caia. Ela dura, em média, entre 3 a 4 meses e cerca de 5% dos pelos estão nesta fase.

Essas três fases duram, uma média de, 2 a 7 anos, variando de acordo com os fatores que já citamos aqui (gênero, idade, metabolismo, região do corpo e outros). O ciclo do pelo se mantém constante com o objetivo de não faltar pelos na superfície do corpo em nenhum momento da vida.

Como o ciclo do pelo interfere no processo de depilação?

Agora que já entendemos um pouco sobre o ciclo do pelo, vamos entender um pouco mais sobre como funciona o folículo piloso já que é nele onde tudo acontece. É o folículo que a luz pulsada ou o laser devem atingir para impedir que o pelo nasça de novo naquele local.

Isso não significa que não haja a possibilidade de um novo pelo ser formado no folículo. O nosso organismo se encarrega de construir uma nova camada germinativa que dará origem a um novo pelo. Porém, este, nascerá muito mais fino e fraco.

A fase anágena ou de crescimento também é uma ótima fase para a depilação a laser. Isso porque é nessa fase em que há uma elevada concentração de melanina no pelo. E, quanto maior a concentração desse pigmento, maior e melhor será a ação do laser para destruir o fio e também o folículo por meio da condução de calor.

A mesma lógica pode ser aplicada para o tratamento com a luz pulsada. O calor é melhor absorvido pela melanina presente no pelo e, por ser um procedimento “menos agressivo” é necessário um maior número de sessões.

A depilação com cera e outros tipos nos quais o pelo é simplesmente “arrancado” não conseguem destruir o folículo piloso e, por isso, ele volta a nascer normalmente e em pouco tempo. Assim, se você deseja um resultado mais duradouro, deve optar pela luz pulsada ou depilação a laser.

Depilação a laser em pessoas de pele morena ou negra

Existe ainda um mito de que pessoas com a pele mais escura, ou seja, com maior taxa de melanina, não devem fazer a depilação a laser ou mesmo a luz pulsada. Isso porque elas acreditam que a técnica pode manchar e promover queimaduras na pele pela absorção do calor. Porém, tudo depende de encontrar um bom profissional e uma clínica especializada no assunto.

Os aparelhos que emitem o laser e a luz pulsada conseguem emitir diferentes frequências. Assim, é possível adaptá-los para cada tipo de pele, evitando que ocorram essas manchas. Dessa forma, não há com o que se preocupar.

Compartilhe esse conhecimento nas suas redes sociais com os amigos. Eles certamente também vão gostar de entender um pouco mais sobre o assunto e assim, serão capazes de fazer escolhas melhores na hora de se depilar!