Principais doenças de pele: quais são e como tratar

Uma pele bonita e bem cuidada causa boa impressão à primeira vista, não é mesmo? Por outro lado, uma doença de pele, além do desconforto físico para quem sofre dela, afeta a autoestima e pode causar uma impressão errônea de que a pessoa é descuidada e até provocar preconceito por desconhecimento. A pele está exposta ao olhar alheio e esse olhar, infelizmente, nem sempre é tolerante.

Então, no post de hoje, vamos falar sobre algumas das principais doenças de pele que afetam milhões de pessoas no mundo, independentemente do sexo ou da idade.

1 – Acne

Provavelmente, você já deve ter tido acne na adolescência ou em alguma fase da vida, não é? Aqueles pontinhos pretos e espinhas que tanto incomodam os adolescentes são comuns também entre adultos, apesar de surgirem com mais frequência na puberdade. Isso acontece por causa da explosão hormonal que ocorre nessa faixa etária.

Os sintomas e graus de severidade variam de pessoa para pessoa:

No grau 1 aparecem os cravos. Nossa pele é coberta por queratina, uma proteína que a protege do ressecamento. Quando há muita produção de gordura, os poros ficam entupidos de sebo (gordura) e os cravos aparecem. Normalmente, manter uma boa higiene suaviza o problema, que tende a melhorar depois da adolescência.

O grau 2 já exige mais atenção, pois há formação de espinhas que se desenvolvem para lesões inflamatórias com pontos de pus. Além da limpeza de pele frequente e a hidratação com produtos adequados, evite alimentos gordurosos de origem animal, o chocolate e o amendoim. E não esprema as espinhas!

No grau 3 as lesões causam dor e são mais profundas, podendo até se transformar em cistos internos provocados pelas bactérias da pele. Nessa fase, são indicados os remédios tópicos e alguns anti-inflamatórios.

O último estágio é o grau 4, no qual se desenvolve a acne conglabata, forma grave de acne com lesões debaixo da pele. Há dores intensas, além de desfiguração da pele. Trata-se com antibióticos, ou com a isotretinoína (Roacutan), um potente medicamento prescrito pelo médico nos casos mais graves.

2 – Rosácea ou Acne Rosácea

A rosácea acomete mais as pessoas entre 30 e 50 anos, loiras, de pele clara e olhos azuis. As mulheres são as mais afetadas, mas os casos mais graves se dão em homens. Não tem cura, mas é perfeitamente controlável.

São vários os tipos de Rosácea:

Rosácea Eritêmato – Telangiectásica

Um simples rubor da face decorrente de ondas de calor pode provocar vermelhidão intensa, acompanhada ou não de suor. Os vasinhos se tornam mais evidentes próximos das asas nasais e bochechas, dando a sensação de que a pele está queimando.

Rosácea Pápulo – Pustulosa

Fica mais localizada na face central e as lesões podem ser confundidas com uma acne comum. A diferença está na presença de nódulos e ausência de pontos negros ou de pus. Como os sintomas são parecidos, o médico tem que estar atento na hora de diagnosticar e prescrever o tratamento, pois alguns medicamentos para o tratamento da acne podem agravar as lesões.

Rosácea Fimatosa

Atinge mais os homens na idade adulta, entre 50 e 60 anos, e é a forma que mais incomoda esteticamente. É o tipo menos frequente da rosácea e costuma acontecer na fase final da doença, quando há hipertrofia e espessamento da pele do nariz, bochechas e queixo.

Alguns fatores podem desencadear a Rosácea, como frio ou calor intenso, ingestão de bebidas alcoólicas, alimentação muito condimentada, excesso de cafeína, estresse e alguns medicamentos vasodilatadores.

Prevenção e Tratamento

Não é possível prevenir a rosácea, mas mudanças de hábitos e estilo de vida trazem bons resultados. Medicamentos tópicos e protetor solar são os melhores aliados na proteção da pele, mas o tratamento é individualizado e de acordo com os sintomas. O raio laser é indicado nos casos iniciais e após o tratamento das lesões mais graves.

3 – Câncer de Pele

Todos nós temos uma cota de radiação solar durante a vida e, se tomarmos sol sem proteção, haverá efeito cumulativo. O câncer de pele ocorre quando há um crescimento anormal das células da pele, isto é, quando essas células se dispõem formando camadas e dando origem à doença.

Câncer Basocelular

É o tipo mais frequente. Atinge mais as pessoas de pele clara e após os 40 anos de idade. Por ser um tumor que cresce mais lentamente e não forma metástase, pode ser curado se detectado precocemente. No entanto, são invasivos e podem atingir tecidos, cartilagens e ossos. São mais comuns na face, orelhas, pescoço, ombros e no couro cabeludo.

Câncer Espinocelular

É o segundo tipo mais frequente e acomete mais homens do que mulheres. Manifesta-se nas células que constituem as camadas superiores da pele, atingindo as partes expostas ao sol, mas pode se estender para outras áreas do corpo. Isso porque, apesar de o sol ser uma das principais causas, o uso contínuo de produtos químicos, de algumas drogas e exposição à radiação podem ser fatores desencadeantes.

Melanoma

É o mais raro e letal de todos os cânceres de pele. Embora tenha o maior índice de mortalidade, a cura pode alcançar 90% caso seja detectado precocemente. Esse tipo de câncer tem sua origem nos melanócitos, células que produzem a melanina que dão cor à pele. Elas podem se desenvolver na superfície, facilitando a sua remoção e cura, mas nos estágios mais avançados em que a lesão é profunda, a chance de metástase aumenta muito.

Ao menor sinal de pintas nos tons castanho ou negro, que sangram ocasionalmente e nunca cicatrizam, procure um médico. Saiba que esse tipo de câncer é hereditário, e se você tem algum caso na família faça exames preventivos e consultas regulares.

4 – Psoríase

É uma doença crônica e autoimune, isto é, o organismo ataca a si próprio. Não é contagiosa, mas as lesões avermelhadas e descamativas espalhadas por várias partes do corpo chamam muito a atenção e podem afetar a autoestima.

As partes mais atingidas são o couro cabeludo, joelhos e cotovelos, mas dependendo da gravidade podem atingir o tronco e as costas.

As causas são desconhecidas mas a genética e fatores ambientais têm função determinante. Portanto, se você tiver algum familiar com a doença terá mais chance de desenvolvê-la. A psoríase também está associada a doenças sistêmicas como a obesidade, hipertensão, diabetes e aumento do triglicérides e colesterol.

Os sintomas vão de uma simples coceira e ressecamento de pele até descamações das lesões e inchaço das articulações. Para facilitar o diagnóstico, liste o início e a frequência dos sintomas e o histórico familiar para informar ao dermatologista.

Prevenção e Tratamentos

O sol é um aliado dos portadores de psoríase por seus efeitos anti-inflamatórios. Apenas 10 minutos de exposição sem protetor solar antes das 10h ou após as 16h são suficientes. A hidratação diária é fundamental: use sempre produtos indicados pelo seu dermatologista. Tome banhos rápidos e mornos e não use buchas.

As formas leves da doença respondem bem ao tratamento tópico com cremes hidratantes e pomadas corticoides. Já as moderadas podem melhorar com a fototerapia (exposição à luz ultravioleta) e a PUVAterapia (utilização de psoralênicos). Os casos mais graves exigem medicamentos sistêmicos via oral com os imunossupressores (que atuam no sistema imunológico diminuindo a capacidade do organismo atacar a si próprio), os biológicos, prescritos nos casos mais resistentes aos tratamentos convencionais, ou os intramusculares e intravenosos.

5 – Vitiligo

Essa doença que atinge cerca de 2% da população mundial se caracteriza por manchas brancas, causadas pela perda da melanina, a substância que dá cor à pele. É mais comum em pessoas de pele escura e pode afetar qualquer parte do corpo. As causas são ainda desconhecidas e o resultado do tratamento varia de pessoa para pessoa. As áreas que já perderam a pigmentação raramente se recuperam.

Tratamentos

Os tratamentos disponíveis visam melhorar a aparência da pele com bronzeadores e cosméticos. Cremes corticoides podem dar resultados em alguns casos, mas os efeitos colaterais devem ser avaliados com cuidado.

Existem também tratamentos à base de laser e até cirúrgicos, dependendo do caso. O médico saberá recomendar o que mais se aplica a cada indivíduo.

Você sofre de alguma doença de pele? Quer acrescentar informações ao nosso post? Fique à vontade, comente!